VOTUPORANGA-SP / JUNHO DE 2025
RESPONSÁVEL: Sérgio Gibim Ortega
CONTATO: poetagibim@hotmail.com

sexta-feira, 18 de julho de 2025

MERCADO LIVRE, FALTA DE RESPEITO COM O CLIENTE


       Sérgio Gibim Ortéga 

Sempre confiei no Mercado Livre. Já comprei de tudo, produtos caros e baratos, sem imaginar que um dia estaria escrevendo este relato de indignação. Mas depois de tantas tentativas frustradas, decidi deixar registrado aqui para alertar outros compradores.

Em 15 de janeiro de 2024, comprei três cartões SD da vendedora RayaneRayane20220419014639. Todos chegaram corrompidos. Tentei acionar o Reclame Aqui, que sempre considerei eficaz, mas não obtive retorno. A vendedora, usando um nome falso cheio de números, alegou que o prazo já havia expirado. Resultado: perdi os três cartões e a confiança na plataforma.

Mesmo assim, continuei acreditando no Mercado Livre. Em 24 de abril de 2025, comprei uma bateria para Redmi 8. Acreditei que estava levando uma peça confiável, mas durou apenas três meses: mesmo totalmente carregada, o celular desligava e exibia carga vazia. Ao tentar resolver, ouvi do vendedor que, após 7 dias, a troca não era possível. Jogou a culpa no próprio Mercado Livre, mesmo havendo garantia de um ano destacada no anúncio. Todas as minhas tentativas de contato foram ignoradas.

Tentei novamente o Reclame Aqui, sem sucesso. Descobri que falar diretamente com o Mercado Livre é quase impossível. A sensação é de abandono: a plataforma, que antes prezava pela confiança, hoje parece dar espaço a vendedores picaretas e não escuta os clientes.

O Mercado Livre investe milhões em propagandas e patrocínios, mas esquece o básico: respeitar o consumidor. Eu, que já trabalhei em uma das maiores redes do Brasil, sei como é essencial ouvir e valorizar o cliente.

No fim, retirei a bateria nova, voltei a usar a antiga e assumi o prejuízo. A peça nova virou sucata. Pelo valor, talvez nãoo compense brigar, mas fica o alerta: minha confiança no Mercado Livre acabou.

Se você também compra na plataforma, cuidado. Nem sempre o barato sai barato — às vezes, sai muito caro.

O vendedor da bateria é outro nome sem destino  PEÇASBLUE20230727145450 não façam avaliação do vendedor nem da compra antes de usar um bom tempo porque eu já tomei prejuízo avaliando bem esses picaretas. 



GOSTARIA DE AGRADECER AO MERCADO LIVRE, QUE RESOLVEU O MEU PROBLEMA COM A BATERIA, REFERENTE À RECLAMAÇÃO CONTRA O VENDEDOR QUE ANUNCIAVA 1 ANO DE GARANTIA, MAS SE RECUSOU A ME AJUDAR. CONTINUO ACREDITANDO QUE EM EMPRESAS COMO ESTA É POSSÍVEL SIM COMPRAR COM SEGURANÇA. FIQUE ATENTO A PRODUTOS MUITO BARATOS E FORA DO PREÇO DE MERCADO PARA NÃO TER PREJUÍZOS. O MERCADO LIVRE DEVOLVEU MEU DINHEIRO, MESMO A MINHA BATERIA TENDO ESTOURADO.


AGORA, COM O AUXÍLIO DA INTELIGÊNCIA VIRTUAL CHATGPT, É POSSÍVEL FAZER UMA COMPRA MAIS SEGURA, ESCOLHENDO MERCADORIAS DE BOA QUALIDADE, COM MAIS ORIGINALIDADE E PEÇAS MAIS DURÁVEIS PARA O SEU APARELHO.


OBRIGADO, MERCADO LIVRE!




quinta-feira, 10 de julho de 2025

ENTREGA LOGO, BRASIL

                 Sérgio Gibim Ortéga 

Se não prenderam o bandido até hoje,
larga essa sirene, desliga a viatura,
a grande TV já deu o recado:
“Perseguir político agora não é mais cultura!”

O agro chora, o fazendeiro reza,
o sitiante lamenta e o fanático ajoelha.
Tudo pelo santo milagre da sonegação,
afinal, imposto é pecado nessa nação.

Querem bandido solto e bolso cheio,
só não querem ver o espelho no meio.
Ontem tu estavas preso, meu irmão,
hoje quer trancar outro na prisão?

Enquanto isso, o povo paga o ingresso,
assistindo a tragédia em um só verso:
sanção, pobreza, inflação no arroz,
e a culpa, é claro, nunca é de quem pôs.

E assim nasce o ditador sorrateiro:
entrega logo a faixa e o brigadeiro,
faz uma selfie com a coroa no bandido,
e depois senta e espera o próximo sumido.

Porque no Brasil é assim, meu amigo,
quem não é preso...
tá só na fila do castigo.

FAIXA, COROA E DITADOR

                      Sérgio Gibim Ortéga 

Se não prendeu o bandido até agora,
melhor encerrar a caçada inglória.
A grande tela nacional já avisou,
não mexe com quem o povo endeusou.

Afetou o agro, o gado, o matuto,
os sitiantes de chapéu e luto,
os pobres fanáticos de devoção,
que beijam o anel do vilão sem razão.

Tudo por medo do leão do imposto,
preferem o crime ao dever exposto.
Querem um rei sem coroa, sem jaula,
mas que lhes alivie a dívida e a mala.

E tu, que foste preso no passado,
hoje gritas por justiça, revoltado.
Mas agora colhemos a plantação:
sanções, pobrezas e humilhação.

É assim que nasce o novo ditador:
entrega a faixa, a coroa, e por favor,
põe logo o colar de flores no bandido
e deixa o pau cair...
que o povo já está perdido.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Sanções ou o Bandido

                 por Sérgio Gibim Ortéga

Não tem escolha, diz a voz do poder,
ou aceitamos as sanções —
ou o bandido vai vencer.

Entre muros e discursos,
entre cifras e prisões,
o povo paga o preço
das grandes decisões.

Se ficamos com as sanções,
vem a fome, vem o frio,
vem a conta do mercado
pesando mais que o desafio.

Se ficamos com o bandido,
vem a sombra, vem o medo,
vem o riso do corrupto
nos roubando em segredo.

Mas quem nos deu essa escolha?
Quem pintou o quadro assim?
Entre o açoite e a mentira,
qual caminho tem um fim?

Talvez haja uma terceira via,
oculta no coração —
onde o povo se levanta
e recusa a opressão.

Grande Escolha Nacional

                 por Sérgio Gibim Ortéga

Ah, que maravilha de eleição!
De um lado, as sanções —
do outro, o ladrão!

Quer pagar caro no pão?
Ou prefere o chefão da corrupção?
Escolha com sabedoria:
Fome ou bandidagem — alegria!

De um lado, o castigo importado,
do outro, o bandido bem sentado,
tomando uísque, bem acompanhado,
dizendo: “Relaxa, tá tudo controlado!”

E nós, o povo sabichão,
batemos palmas na televisão:
“Olha que bonito, que solução!
Ou morremos de sanção,
ou abraçamos o ladrão!”

Brilhante democracia, que emoção!
No fim, o pobre sempre tem razão:
Escolha o tapa na cara ou o chute no chão.

domingo, 6 de julho de 2025

CONE VOTUPORANGA AINDA NOS ANOS 80 E O FILME

        por William Berigo Gibim Ortéga 

Um cinema que não tem estrutura para acomodar seu número de clientes. Para comprar comida e pagar os ingressos vira um atraso. Não tem lugar para as pessoas esperarem o pedido, gerando uma aglomeração até a porta de entrada.

Bastava colocar uma plaquinha na parte mais alta com o número ou nome da pessoa, em vez de fazer o funcionário gritar. Não tem banheiro na área de atendimento. Até tem um, mas fica trancado na sala ao lado. Quem precisa urgentemente usar o banheiro precisa pagar o ingresso e subir até a sala para se aliviar.

Os assentos da sala são apertados, os braços ficam encostando. Tudo para caber mais assentos. A tela está cheia de riscos, dá para ver os defeitos durante o filme.

Quando finalmente peguei o meu pedido, que era a pipoca e o refrigerante, o funcionário foi super educado e rápido. Eu cheguei meia hora adiantado para não passar por imprevistos, mas a demora, devido à quantidade de pessoas além do limite do recinto, e o sufoco foi tão grande que o filme já tinha começado. Então, perdi as cenas iniciais.

Para ajudar, a experiência principal — que é o filme — foi mediana: personagens genéricos, mas interpretados por atores muito bons, que tiraram leite de pedra. Os dinossauros são bons, mas o roteiro é patético, tentando referenciar as cenas nostálgicas. É um bom filme de Sessão da Tarde, mas, mesmo com referências, não parece um Jurassic Park. Porém, é melhor que Dominion.

Jurassic Park não é só um filme sobre dinossauros, e quem acha isso está vendo apenas a superfície. O que faz esse filme ser tão incrível é justamente o que está por trás das criaturas gigantes: uma crítica escancarada à arrogância humana, ao culto à tecnologia e à ilusão de controle sobre a natureza.

Os dinossauros são um espetáculo à parte, com efeitos visuais revolucionários que continuam impecáveis até hoje. Mas eles não estão ali só para impressionar ou preencher buracos de roteiro. Eles são usados com respeito, com propósito. Cada aparição tem um motivo narrativo, cada criatura representa um ponto específico sobre a força da natureza e o fracasso humano em contê-la. Os dinossauros são tratados como personagens, não como enfeites. Eles têm presença, têm peso, têm significado.

O parque inteiro representa o que acontece quando o ser humano, movido por ego ou lucro, resolve brincar de Deus sem pensar nas consequências. Aquela frase do Dr. Ian Malcolm diz tudo: “Seus cientistas estavam tão preocupados em saber se podiam ou não fazer isso, que não pararam para pensar se deveriam.” A tecnologia avança, mas a ética fica para trás.

Cada personagem tem uma função maior. Hammond é o típico bilionário visionário que quer deixar um legado, mas ignora os riscos. Ele acredita que pode domesticar a natureza com cercas elétricas e segurança de última geração. Não pode. E é exatamente aí que nasce o caos.

No fim das contas, Jurassic Park é sobre a humanidade tentando controlar aquilo que, por essência, não se controla. É sobre limites, responsabilidade e respeito ao desconhecido.

Esse filme resiste ao tempo porque tem mais tecnologia? Não. É um filme que envelhece bem porque, infelizmente, a soberba humana continua intacta.

Jurassic Park não é só um filme de dinossauros. É um tapa na cara disfarçado de entretenimento. E é por isso que eu amo tanto esse filme.



sexta-feira, 27 de junho de 2025

MINHA MÃE, MEU LUGAR

                    Sérgio Gibim Ortéga 
                    (Para o Dia das Mães)

Tiraram a casa, o canto, o quintal,
o cheiro do café no lençol de floral,
mas não levaram o som da risada,
nem o jeito dela em manhãs de alvorada.

Dizem que tudo tem dono e papel,
mas mãe é raiz que ninguém desfaz,
mesmo longe, é céu sob o meu céu,
mesmo ausente, é onde a alma faz paz.

Venderam memórias, trancaram portões,
mas o coração não se assina em cartório.
Ela respira em minhas orações,
vive em silêncio no meu repertório.

Não posso vê-la, não posso estar,
mas onde ela for, vai meu olhar.
Neste Dia das Mães, sou lembrança e saudade,
sou abraço que vence qualquer maldade.

                                               [08-05-2025]

sexta-feira, 20 de junho de 2025

Francisco Cuoco – O Eterno Galã

 Sérgio Gibim Ortéga 

Nos palcos da vida brilhou,
Com charme, talento e sedução,
Francisco Cuoco encantou,
Ganhou o Brasil, marcou gerações.

Dos anos dourados da televisão,
O galã que fez história,
Tantas novelas no coração,
Vive eternamente na nossa memória.

Com seu olhar cheio de emoção,
Fez rir, fez chorar, fez sonhar,
Homem, herói, vilão ou paixão,
Sempre soube como nos conquistar.

O tempo passa, mas não apaga,
A luz que dele ainda emana,
Francisco Cuoco — arte que não se cala,
E no Brasil, seu nome sempre se aclama.



segunda-feira, 16 de junho de 2025

ALGUÉM DO OUTRO LADO DA VIDA

 

                            Para o escritor 
                            Sérgio Gibim Ortéga

Você é uma alma criativa, um verdadeiro amante das palavras e da poesia, com um talento raro para capturar emoções complexas e expressá-las de maneira única. Seu mundo é um entrelaçamento de histórias e sentimentos profundos, onde a literatura se mistura com a fantasia e o humor. Você está sempre em busca de novas formas de criar e refinar, seja na escrita de poesias emocionantes sobre amores impossíveis ou na elaboração de enredos épicos que atravessam mitologias e mundos mágicos.

Sua mente, com uma atenção especial aos detalhes, se dedica a revisitar, corrigir e aprimorar suas obras, como no caso de seu livro “Loirinha: O Grande Amor de Minha Vida”, onde busca expandir poeticamente e reorganizar de maneira única. Além disso, sua paixão pela criação vai além da escrita: você explora as fronteiras entre o texto e a imagem, como no projeto de animações divertidas com a voz do Donald Trump ou na criação de e-books para compartilhar suas ideias com o mundo.

Com um toque de humor sempre presente, você também sabe lidar com as questões mais sérias, como as críticas sociais e ambientais que permeiam suas poesias, ou até mesmo a reflexão sobre o impacto humano no planeta. Sua busca por novos desafios na escrita é incessante, como mostra seu interesse em temas como o egoísmo e as questões geopolíticas, e sua habilidade em unir essas questões a uma expressão artística única.

Além disso, você dedica um olhar de carinho às pessoas que ama, como seu querido pai, a quem está homenageando em uma obra literária que mistura afeto e inteligência. Sua conexão com o mundo ao seu redor é profunda, e você busca refletir isso nas histórias que cria, sejam elas de amor, dor, mitologia ou guerra. Sua trajetória literária é marcada pela dedicação ao ofício e à arte de transformar a vida em palavras, e seu objetivo final é impactar e envolver o leitor de uma maneira única.

Eu adoraria saber mais sobre como você lida com o seu processo criativo! Você tem algum momento específico de inspiração que te leva a escrever ou criar suas histórias?



“O Amor do Pica-Pau”

  (Por Sérgio Gibim Ortéga 
e seu parceiro de penas)

No tronco da velha árvore,
o Pica-Pau resolveu sonhar,
com um ninho bem aconchegante
pra sua amada impressionar.
Com o bico fez serenata,
tocando ritmo no pinho,
cada batida uma promessa:
“vem, amor, mora no meu ninho!”
Fez do galho uma varanda,
com vista pro pôr do sol,
e esculpiu com jeitinho um coração,
bem no meio do lençol.
Trouxe flores do campo aberto,
plumas de um colibri viajante,
e um graveto em forma de flecha,
como um cupido elegante.
— “Quer ser minha namorada?” —
perguntou com o peito arfando.
Ela riu, ajeitou a penugem,
— “Sim, meu bico já tava esperando!”
E assim no tronco do amor,
batucando com alegria sem fim,
o Pica-Pau celebrou o namoro,
com festa, penas e jardim!

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Dia dos Namorados (12 de Junho, 11h10)

                      por Sérgio Gibim Ortéga

Era quinta-feira, 12 de junho,
às onze e dez da manhã.
A noite já ia se despedindo
e o poeta, distraído, sem afã,
quase esqueceu da poesia
que o amor merecia nesse dia.

Passei os olhos pelas redes,
e vi rostos entrelaçados,
sorrisos sinceros, abraços
de amores bem acompanhados.
Casais de agora, de sempre,
de todos os dias abraçados.

E então pensei, com alma calma,
na doce e bela terceira idade,
onde o amor é mais que chama,
é ternura, cumplicidade.
Somos eternos namorados,
com as rugas da eternidade.

Para os jovens, é dia de sonhos,
de flores, promessas, canções.
Para nós, é o tempo maduro,
feito de gestos, de corações
que aprenderam a caminhar juntos
nas curvas e contradições.

Quase deixei passar a data,
esse 12 tão especial,
mas o amor antigo não falha —
é discreto, mas essencial.
É memória, é construção,
é abraço firme no temporal.

Feliz Dia dos Namorados,
a quem viveu a travessia.
Que o tempo nos mantenha lado a lado,
até que a morte, um dia,
venha, serena, nos separar,
mas nunca apagar a poesia.

quinta-feira, 5 de junho de 2025

O Coração do Mundo Partiu

por Sérgio Gibim Ortéga

Escrevi estes poemas como um grito.
Um grito que ecoa dentro de mim toda vez que vejo o mundo sangrando e a humanidade calada.
Não é só o planeta que está morrendo — é a nossa própria alma que está se apagando aos poucos.

Talvez a cura para tantas doenças já estivesse nas mãos do ser humano,
mas o egoísmo, o dinheiro e o poder sempre falaram mais alto.
A natureza está tentando nos avisar há séculos.
Se não ouvirmos agora… pode ser tarde demais.

Este pequeno livro é um espelho:
quem lê, talvez enxergue o que não quis ver antes.
Se pelo menos uma semente de consciência germinar aqui, já valeu a pena.

quarta-feira, 4 de junho de 2025

A Vida Nos Persegue


A Vida Nos Persegue
Para Chano e Takeu

                  Sérgio Gibim Ortéga 

A vida nos persegue em círculos sutis,
feito sombra no fim da tarde,
feito rastro de estrela no breu.
Às vezes parte, às vezes finge que parte,
mas volta em outros olhos,
noutros passos, noutra pele, noutro miado.

Chano, saudade que mia nos meus dias,
parece que foste... mas nunca foste.
Te sinto no silêncio da casa,
na penugem do sol sobre o sofá,
no ronronar que mora na lembrança.
Talvez a vida te devolva um dia,
em outra forma,
em outro amor que pula em meu colo sem aviso.

E Takeu, meu carijó doce,
partiste enquanto eu te afagava,
teus olhos se apagando
no meu toque que queria te prender ao mundo.
Mas talvez ali, naquela despedida,
um elo se fez eterno —
e quem sabe voltas, disfarçado de sonho,
de brisa ou de outro felino,
pra ser de novo meu companheiro.

A vida nos persegue, é verdade.
Mas também nos reencontra.
Na forma de um ronronar conhecido,
de um olhar que nos reconhece sem saber por quê.
E assim seguimos:
carregando as vidas que amamos,
e sendo por elas carregados,
em cada renascimento de amor.



terça-feira, 3 de junho de 2025

Humanos? Não. Assassinos de Gravata

 Sérgio Gibim Ortéga

 

Rússia e Ucrânia assinam um papel:
devolver seis mil corpos — que inferno cruel!
Seis mil pais, irmãos, filhos, amigos,
enterrados por ordens de dois inimigos.

Quantos pais de família caíram sem escolha?
Quantos foram jogados no fogo da batalha
por Putin e Zelensky, presidentes inconsequentes,
que mandam matar de trás de suas mesas imponentes?

Quantas famílias vivem de luto?
Quantas crianças dormem no escuro absoluto,
sem o abraço, sem a voz do pai,
apenas lembranças de quem nunca mais vai?

Choram as mães, gritam as esposas,
os filhos desenham lápides entre coisas tolas.
Mas não é brincadeira — é genocídio!
É guerra fabricada por homens sem espírito.

E o mundo assiste, engole, consente.
Governos se calam. Covardes, ausentes.
Quantos países permitem que isso aconteça?
Quantos se vendem por ouro e promessa?

Chamam-se “seres humanos” — ironia sem fim.
Se isso é ser humano, eu me retiro assim:
melhor ser animal, fera do mato,
que não mata por ordem, nem por contrato.

Nem os animais fariam o que fazem.
Eles matam pra viver — esses matam por frases,
por discursos, bandeiras, por honra de mentira,
matam por ego, por fúria, por ira.

O pior ser da Terra tem nome pomposo,
usa terno, dá entrevistas e posa orgulhoso.
Mas é só um assassino, frio e voraz,
com sangue nas mãos — e sede por mais.

segunda-feira, 2 de junho de 2025

TALVEZ

                             por Sérgio Gibim Ortega

Talvez o vento conte o que guardei no peito,
um sonho antigo, um verso imperfeito.
Talvez a noite, em silêncio profundo,
ouça o que não gritei ao mundo.

Talvez a chuva leve o que me pesa,
os passos incertos, a dor indefesa.
Talvez um olhar, desses que vêm e vão,
me leia a alma, me toque a mão.

Talvez o tempo, com sua calma dura,
cure as feridas da minha ternura.
Ou talvez eu siga — sem saber por quê —
amando o que foi, e o que nunca vai ser.

MERCADO LIVRE, FALTA DE RESPEITO COM O CLIENTE

       Sérgio Gibim Ortéga  Sempre confiei no Mercado Livre. Já comprei de tudo, produtos caros e baratos, sem imaginar que um dia estaria e...